6.3.08

A QUEM DE MIM SE DESPRENDEU



A quem de mim se desprendeu,
Nas curvas do imponderável,
Se por devaneio perguntar,
Em que pergaminhos me descaminho,
Digo que:
Perício, peristásico continuo périplo.
Cada vez mais pisando em falso, oricalcado na bombochata orgiática das esferas, orbitando gravidades grávidas, me atirando de penhascos nos vazios musculosos braços de nuvens incorpóreas, incorporando personagens falastrões, fanfarronando feitos inverossímeis, semelhando espelhos convexos convirjo versos versicoloridos.
Orgulhoso mentecapto, metamorfoseado fascinante, faísco farrapos enluarados no lodo, ladeado por debruns de deboche, pregando-os feito broches no peito inflado de flâmulas rutilantes do orgulho bobo do sabeísmo.
Rufião, reviro a rima triunfante no deserto escaldado do trívio triscado, deflorando diacomáticas diletas por trinta talentos no balcão antroposófico da antítese pirética da minha alma mal levada em conta, descontando a bancarrota da falência múltipla dos sentidos íntimos e privados expostos na prosa, tolamente desavergonhada da própria nudez.


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