19.10.08

VELÔ



Velô Circulandô
No trem das cores
O Araçá azulou
Tocou a Central
Eu quero! Eu quero!
Um mulato quente das Noites do Norte
Santo Amaro Dona Canô ao mundo
Maria Bethânia please sing to us
Que mistério tem Júlia um quisá Moreno
Dedé! Dedé!
Qualquer Jóia
A Tal Baby Profana
Uns quantos vão ver London London
Roçando os flancos da língua num trem de metrô
Alegria hoje é dia Walking down to the sound
No meio de tanta gente Estampa finas fibras tensas
Ninguém mais feliz
Comum Qualquer um
Um Caetano acalenta-nos encanta-nos canta-nos
Indefinidamente amar!

12.10.08

Sax Sexo



Sax suave

Sexo selvagem

Salivam

Silvam

Soam

Suam

Salvam



3.10.08

RETORNO


Como retomar o caminho de quando ainda luzia teu olhar por mim encantados que éramos naquilo que circunavegávamos ilhas continentes afluentes vertentes um para o outro extravazados travestidos de miraculosos seres licornes intermediários leviatãs entre realidades paralelas janelas para mundos abissais colossais impérios poderosos impérvios a impermissos promissores androceus o teu e o meu angelinos meninos brincando de paraíso e o que é preciso parafrasear ou pantominar para de novo adular teu gosto e fazer teu gesto palpitar pândego e voltar ao carrossel ou à cama de dossel para gandaiar gabola lado a lado fado de desabutinado desatino do meu frutuoso fabuloso porvir talvez provar do estio estender o tempo depois da chuva vista da varanda para então sair a passear a terra molhada e ver arcos irisando o céu crendo outra vez que o milagre do amor é possível e é crível a aliança à confiança depositada num cofre chamado coração.