3.10.08

RETORNO


Como retomar o caminho de quando ainda luzia teu olhar por mim encantados que éramos naquilo que circunavegávamos ilhas continentes afluentes vertentes um para o outro extravazados travestidos de miraculosos seres licornes intermediários leviatãs entre realidades paralelas janelas para mundos abissais colossais impérios poderosos impérvios a impermissos promissores androceus o teu e o meu angelinos meninos brincando de paraíso e o que é preciso parafrasear ou pantominar para de novo adular teu gosto e fazer teu gesto palpitar pândego e voltar ao carrossel ou à cama de dossel para gandaiar gabola lado a lado fado de desabutinado desatino do meu frutuoso fabuloso porvir talvez provar do estio estender o tempo depois da chuva vista da varanda para então sair a passear a terra molhada e ver arcos irisando o céu crendo outra vez que o milagre do amor é possível e é crível a aliança à confiança depositada num cofre chamado coração.



Um comentário:

Elias disse...

Seria suspeito em elogiar, tamanho é meu gosto por esse tipo de literatura, mas meu coração bate mais forte ao se deparar com esse belo trabalho. Parabéns!! ELias.