14.12.08

ARREMEDO



Nada a perder
Tive tudo e nada meu
Hoje tenho a rua
A verdade nua e crua
Do meu desandar
Desarmados laços
Caço sonhos desfeitos
Feito louco componho
Ponho tudo em desconexos versos
Desconverso
Digo o reverso
Sopro na prosa o que desaprovo
Provo com pimenta
Tudo que me tenta
Atento ao tempo
Tento tanto quanto posso
Passo ao largo
Largado feito gado no pasto
Logro ser vasto
Astro de nenhuma constelação
Intento o que não entendo
Dou voz a lenda
Velo a emenda
Se não valeu
Remendo
Arremedo
Mas não morro de medo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa ficou muito boa!
Aprovada!

(Luís)