22.7.09
O CAUSO DAS CONTAS
As contas que se acumulam
Não levam em conta
O quanto me dano,
Nem o dano que causam a poesia.
O cúmulo da causa é a pausa.
Preso num enredo sem ponta,
Não aponto uma sílaba,
Um vocábulo,
Quanto mais uma fábula.
Confabulo com os botões,
Entretido em tirar a prova dos nove,
Nem novena,
Tresena,
Ou uma megasena,
Dariam conta do estrago.
Por falta do afago,
Entrego meu humor ao desamor,
Acho tudo um horror,
Erro os erres da língua
O verso fica à mingua
Destilo mágoa
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2 comentários:
O causo realmente destila mágoa. Gostei.
naosome.
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