A COCA-COLA
O bombardear é diário, constante,
insistente, com ameaças reais ou imaginárias, de todos os tipos. Todo o tempo,
somos colocados de sobre aviso, com um pé atrás, capaz de perder o juízo, com a
próxima, vindoura, de mau agouro, chuva de granizo, sem trovoada a revoada de
gafanhotos, coisas do capiroto, deixando as plantações no toco, trazendo
prejuízo, um previsto apocalipse, a elipse de colisão de um asteroide sobre a
terra, uma invasão alienígena, a tomada de poder pelas milícias, a crise do arroz,
o great reset, o medo da covidi 19, como é que pode, colocou o mundo de quatro,
dentro de casa, com o rabo no meio da bunda, sem poder bater pernas, sem poder
respirar. Sem máscara, com cara de pau, nos impingem, e fingem que é bom, não
comer o boi, mas, comer mais verde, nos tratando como tapados, nos entupindo de
trangênicos, nos transformando em transgêneros, um gênero de patetas, quase
zumbis, zanzando num mundo virtual, abrindo telas, salas de portas com
ratoeiras armadas pra nos seduzir, induzir, ao que comer, o que vestir, onde
ir, com quem, na fachada, somos rastreados, chipados, chapados, pela vacina
contra o vírus, injetados, espiados pela tecnologia 5G, regras, pregas a menos
no esfíncter, o poder paralelo, ”Se vis pacem, parabellum”, ”1984” nos
vigia, ”Soilent green” nos alimenta, e assim, adiante, diante
de ”um
admirável mundo novo”, ”o lobo da estepe”, se posta na porta
com um rifle na mão e, estrepa o outro,
fura o pneu, e, sem step, uma furada, a fuga das galinhas, a toada da nova era,
já era, a era de aquário, se afoga no rio das previsões, as visões holísticas,
de faça amor não faça guerra, de progresso, o regresso às leis da mãe terra, da
comida natural para uma vida saudável, em harmonia, com alegria, sem a alergia
causada pelo açúcar, mal de cinco séculos, entupidos pelos culos, calamos
bebendo uma coca-cola, uma onda, de cola, na sala vieram as ondas
eletromagnética da televisão, uma visão de mundos a conquistar, tratar de ter,
a qualquer custo, custe o que custar, não importando em quem vou pisar, o que
vou matar, esgotar, quero gastar meu latim, latindo, porra, caralho, que se
foda, bebendo uma soda com flavorizante, espessante, edulcorante, açúcar aos
baldes, debalde a briga com a balança, a pança só cresce, a vitalidade desce, o
Alzheimer ataca a memória e, esquece onde foi que o mal começou.
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