19.4.08

A TRIBO

Os tambores tribais,

Tocados no tecno,

Imitando a batida do coração,

Chamando, invocando,

Conclamando ao calor da taba,

Ao som dos tantãs,

Troando,

Fantasiando festas dionisíacas,

Convidam envidados:

Vem pra mata, vem,

Vem pro verde vem.

Com um pé lá, outro cá não dá pra ficar.

Já que está no limiar, no portal, a beira do abismo,

Tem que entrar, dançar, celebrar.

Em campo aberto, a descoberto, à mostra,

Exposto, posto por inteiro, íntegro, no ato.

Acabou o consumismo,

O ismo, pífio, pifou.

Vai pro ser, vai.

Vai ser, vai.

Não tem volta.

O êxtase lisérgico psicodélico,

Agora plugado,

No glitter néon dançou,

Fez crack no crepon da festa rave,

Corroído na química ecstasy.

Era pra ter sido assim, bom, já foi.

Agora, ser é o que é.

Não há mais nada, tudo já foi dito, foi feito.

Conclui-se, ser índio, pelado, pintado,

È muito mais que tecno, hard, pink ou punk,

New wrong bad trips.

Fizemos o possível,

A longevidade,

A reconstrução,

A perfeição.

A máquina do tempo,

Viajar às estrelas,

Nos levou à beira da nova era,

A outra dimensão.

Era do ser.

Sejamos.

Somos.

Já É!

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