Gostaria de saber de quem me lê,
para não me sentir como um cego,
pilotando a nau dos afogados,
tripulada por fantasmas,
perdida no mar de procelas,
procurando um porto seguro,
contando com farol extinto,
tendo nas mãos bússola sem ponteiro,
procurando orientação
em constelação de estrelas cadentes,
Se, para quem escrevo:
pareço estar compondo
odes, breviários,
cantatas de amor ao Universo,
versos encantados,
que venham a acordar princesas adormecidas
nas torres dos castelos, ou
oriente dos sonhos,
sustento dos braços dos homens,
nas fecundas plantações dos trigos,
alimento do corpo.
Se, como encantações, afastam perigos,
reais ou imaginários,
da maldade do dragão.
Se, segura a mão de crianças perdidas e,
as conduz a um lar feliz.
Se, constrói um refúgio,
seguro no tempo e espaço,
ilha de bem aventurança,
farta de bonança e,
infinita paz.
Espírito, substância incorpórea e consciente de si mesmo,
Alma, entidade sobrenatural, como anjos e demônios,
dêem-me inspiração,
para que minha mão desatenta,
produza alquimia,
de elixires de longa vida e,
vivifique nas linhas que componho,
letra a letra,
todos os nomes de Deus.
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