25.5.08

ENCONTRO


Ato III

Cravado dia ao meio, banhados, descontraídos, saem para cear, conduzindo, muito a vontade, a fome da crua verdade.

Na Liberdade, linda beldade, vestida de vistoso quimono sedoso e rasgados olhos orientais orienta-os a entrarem, dispensados os sapatos, reservados, separados por corrediços painéis de papel de arroz e madeira.

Abandonados, esquecidos ao largo, largados sobre almofadas, as pernas tramadas, cozidos no ato num fogareiro forte, comem-se sobremesa, exotisses, com pauzinhos, feito porcos, feito frangos, filés, pimentões, amendoins, molhando-se agridoces, bebendo-se saquê, sacanas, sagazes, pegando-se aos pedaços, alcançando-se as bocas coloridos legumes, raízes resvaladas, revelados saboreiam-se, comprazem-se lhes escapando nacos, deleitam-se na inaptidão tratada a tais talheres, regalados rompem em risadas, saciados jazem lassos.

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